De repente, quase “do nada”, você sente uma ansiedade surgir e aumentar rapidamente … seu coração acelera, você tem a sensação que as paredes vão te esmagar e que o espaço é pequeno para você. Você tem ímpetos de sair de onde está sem nem ter ideia ao certo para aonde quer ir. Busca ficar perto de alguém conhecido, para se sentir mais seguro. Você está na rua e, aparentemente nada diferente está acontecendo, mas você começa a perceber sinais estranhos no seu corpo, como se você fosse passar mal, desmaiar ou ter um ataque cardíaco. Você está dormindo e, de repente, acorda assustado, sentindo que te falta ar.  Sente-se incompreendido por seus familiares, amigos e conhecidos. E se pergunta: por que estou sentido tudo isso? O que está errado comigo? Tenho alguma doença grave? Você faz vários exames, e, ao final o diagnóstico: “você sofre de “Transtorno do Pânico” ou Síndrome do Pânico”.

Transtorno do Pânico: O que é e quais são os Sintomas

É uma doença caracterizada por ataques súbitos e recorrentes de grande ansiedade, com sensações físicas parecidas com um ataque cardíaco. Um ataque de pânico isolado, não necessariamente caracteriza um Transtorno ou Síndrome do Pânico.

De acordo com o DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5.ª edição), para se caracterizar Transtorno do Pânico, é necessário que os ataques sejam recorrentes e inesperados e, pelo menos quatro dos sintomas físicos ou cognitivos abaixo:

  • Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
  • Sudorese.
  • Tremores ou abalos.
  • Sensações de falta de ar ou sufocamento.
  • Sensações de asfixia.
  • Dor ou desconforto torácico.
  • Náusea ou desconforto abdominal.
  • Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
  • Calafrios ou ondas de calor.
  • Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
  • Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo).
  • Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
  • Medo de morrer.

 

Ainda de acordo com o DSM-V, outro critério diagnóstico deve ser a presença de uma  preocupação contínua de que um novo ataque aconteça. Isso mantém o paciente sempre em sinal de alerta, provocando alterações no seu  comportamento, com queda na qualidade de vida.

 

As Causas do Transtorno do Pânico

Vários fatores podem contribuir para o surgimento da primeira crise ou de episódios posteriores:

  • Estresse prolongado e maior do que a pessoa pode suportar. Esse estresse pode ser físico e/ou emocional;
  • Fatiga acentuada;
  • Fatores genéticos como pré-disposição;
  • Uso abusos de substâncias químicas (drogas, álcool, alguns medicamentos (anfetaminas e outros)

 

Outras Características do Transtorno do Pânico

O Transtorno do Pânico pode acontecer acompanhado também de Agorafobia, que é um medo de sair de casa sozinho.  O paciente começa a evitar lugares, como transporte público, lojas ou qualquer outro lugar que pareça a ele uma ameaça, para um novo ataque. Pode estar associado a um ataque anterior. 

A primeira crise de pânico pode acontecer em qualquer idade. Inicialmente, a pessoa não consegue identificar um motivo para o que está sentindo. É comum a ida a vários especialistas, exames… até que ela tenha o diagnóstico do Transtorno do Pânico.

 

Transtorno de pânico

As crises podem acontecer várias vezes no mesmo dia ou em intervalos maiores. A duração de cada episódio é variável; de 5 minutos até por mais tempo. Pode ocorrer a qualquer momento, inclusive no meio da noite. O paciente acorda em sobressalto, sem conseguir respirar direito, com o coração acelerado… e o medo da morte é grande.

A crise surge, vai aumentando, atinge um pico máximo e vai diminuindo. Depois, a sensação que se tem é como se um caminhão tivesse passado por cima da pessoa… ou como uma ressaca. Muitas vezes, pode acontecer um processo depressivo decorrente das frequentes crises. 

 

Dicas para te ajudar no Controle da Ansiedade

Essas dicas não excluem um tratamento adequado. Porém, pode te ajudar a manter um controle sobre a Ansiedade e a minimizar as Crises de Pânico.

 

  •  A Respiração: 

Manter exercícios respiratórios é de grande ajuda para controlar a Ansiedade. Quem sofre com ansiedade tem a respiração curta e mais ofegante. 

 

        Pare agora um momento: observe a sua respiração… como ela está?

Agora faça um pequeno exercício:

Respire pelo nariz bem devagar, contando até 4; prenda a respiração, contando até 2; solte a respiração lentamente, contando até 6. Segure mais 2 e volte a puxar a respiração.. sempre pelo nariz. Repita o exercício por 3 vezes.

 

Como você se sentiu? O que observou com o exercício?

 

 

  • Técnica A.C.A.L.M.E-S.E!

Esta técnica foi adaptada pelo psicólogo e professor da UFRJ, Bernard Rangé. Ela é usada nos episódios de Pânico em situações de aumento de Ansiedade.

 


 

Tratamento para o Transtorno do Pânico

A Terapia Cognitivo-Comportamental tem se mostrado eficaz no tratamento dos Transtorno de Ansiedade que inclui o Transtorno do Pânico. A medicação é importante em alguns casos, mas sozinha não resolverá. É necessário trabalhar a aceitação do que está acontecendo, desmistificar a “doença x frescura”, entender o que está por trás do que sentimos, o que está provocando esses sintomas e desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade constante e com os ataques de pânico.

Não precisamos viver uma vida limitada, cheia de medicamentos como bengalas. É possível uma vida com mais qualidade, mais relaxada.

“Você pode estar doente, mas não “é essa doença.”

 


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